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Não é novidade para ninguém que a pandemia de COVID-19 trouxe muitas mudanças. E não é exagero que essas mudanças impactaram praticamente todos os mercados em todo o mundo.

De acordo com um levantamento realizado pela Close-Up, os primeiros efeitos da pandemia, entre março e abril de 2020, tiveram um forte impacto na demanda, com a interrupção inicial de tratamentos crônicos e intensa procura por produtos ligados à Covid-19 ou MIPs para aumento da imunidade.

Entretanto, ao contrário da maioria dos outros setores, passado esse primeiro impacto, o mercado do varejo farmacêutico voltou a assumir o padrão de crescimento dos anos anteriores.

Ainda de acordo com o mesmo levantamento, em 2020, o faturamento do varejo farmacêutico alcançou R$ 93,1 bilhões e a expectativa é que, em 2021, esse valor alcance os três dígitos, ultrapassando os R$ 103 bilhões.

E a promessa é que os medicamentos de prescrição, em especial os exclusivos e genéricos, puxem esse crescimento.

Mudanças no comportamento do consumidor

Se, por um lado, o varejo farmacêutico não sofreu grandes impactos, por outro lado, é importante perceber como a pandemia e o isolamento social afetaram o comportamento do consumidor.

Uma das mudanças mais significativas, segundo o estudo Consumer Insights da Kantar, líder global em dados, insights e consultoria, foi a inclusão de novos canais na rotina de compra da população, que agora busca fazer o abastecimento em mercadinhos de bairro e pequenos varejos para evitar aglomeração.

Principais motivos dessa mudança:

 Evitar aglomerações

 Não ter grandes deslocamentos

 Preços mais acessíveis

Além dos mercados de bairro, também assistimos a uma importante transformação digital no comportamento do consumidor.

Para se ter uma ideia, em 2020, o tráfego nos e-commerces cresceu 48% entre março e abril e mais 34% entre abril e maio — o que refletiu também no volume de cadastros e de vendas nas lojas virtuais.

Fonte: Relatório “O comportamento do consumidor em 2020” – Social Miner, Opinion Box e AlliN

Uso de apps de entrega em domicílio pelos brasileiros:

Compras por telefone ou Whatsapp e em sites ou aplicativos de supermercados também foram avaliadas na pesquisa. O delivery ganhou 38% de novos usuários no primeiro trimestre de 2020 em comparação com o segundo trimestre de 2018, sobretudo na classe AB (+11%).

Com todas essas mudanças, já era de se esperar que a transformação digital chegasse até o varejo farmacêutico com força.

Mas será que as farmácias independentes e associativistas estão preparadas para receber e atender esse novo perfil de consumidor? É isso que investigamos no 1º Estudo Nacional sobre Transformação Digital no Varejo Farmacêutico realizado pelo Programa Mais Clientes do Portal da Drogaria.

Quem foram os participantes do estudo?

Ouvimos vocês, farmácias do varejo independente e associativistas assinantes do Programa Mais Clientes, sobre a percepção e a utilização de plataformas, ferramentas e meios digitais no dia a dia.

A seguir, preparamos um infográfico com os principais insights da pesquisa. Confira!

1º Estudo Nacional sobre Transformação Digital no Varejo Farmacêutico

Pesquisa realizada com farmácias assinantes do Programa Mais Clientes do Portal da Drogaria – Setembro/2021

Uso das redes sociais

78% das farmácias têm instagram

70% usam uma página no facebook

12% ainda não utilizam nenhuma rede social

Principais motivos para não utilização de redes sociais:

Outro fato curioso é que + de 25% das farmácias, apesar de presentes nas redes sociais, ainda não acessam seus perfis, deixando-os às moscas.

Site e e-commerce

+ de 75% das farmácias ainda não têm um site

+ de 90% não têm e-commerce

Quase 30% dizem não saber como fazer isso

Meios de comunicação

100% das farmácias utilizam o whatsapp + de 10 vezes por dia

Principais motivos:

- Tratar de assuntos comerciais

- Realizar pedidos para estoque

50% das farmácias usam redes sociais, sites e e-mails de 1 a 5 vezes por dia.

Assuntos comerciais e pedidos são tratados por e-mail e sites.

Redes sociais são mais utilizadas para assuntos pessoais.

Apenas metade das farmácias utiliza o Facebook e o Instagram para se comunicar com seus clientes diariamente.

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Pós-vendas:

+ de 70% das farmácias afirmam usar o whatsapp para pós-vendas

+ de 50% ainda utilizam o telefone

E-mail, telegram e SMS são eventualmente utilizados.

Delivery

93% das farmácias realizam o serviço de delivery ou venda em domicílio

22% das farmácias afirmam que essa modalidade de vendas corresponde entre 20 e 30% do total das suas vendas

Como essas vendas são realizadas?

91% utilizam telefone

98% utilizam whatsapp

8% utilizam e-mail

6,5% utilizam aplicativos de entrega

Receitas digitais

Com o avanço da telemedicina nos últimos meses em razão da pandemia, também cresceu a utilização de receitas digitais.

Cerca de 20% das farmácias ainda não aceitam esse tipo de receita.